O Zimbo era uma espécie de concha utilizada como moeda em algumas regiões do Nordeste do Brasil durante os séculos XVI e XVII, especialmente na Bahia e no Maranhão. Essa prática, trazida para o Brasil pelos escravos, já existia em regiões africanas como Angola, Moçambique, Gabão, Madagascar e Zanzibar.
Os indígenas brasileiros também utilizavam o zimbo como ornamento e atribuíam grande valor à sua posse. A concha, semelhante a um búzio, possui o nome científico Olivancillariaanna, derivado de sua semelhança com uma azeitona, conhecida como oliva.
Além do zimbo, outra concha utilizada com o mesmo propósito no Brasil durante o mesmo período era o cauri, conhecido cientificamente como Cipraea moneta. Ambas as conchas eram utilizadas como forma de troca e comércio em um contexto histórico marcado pela escassez de moedas metálicas.
Em suma, o zimbo representa não apenas um meio de troca econômica, mas também carrega consigo aspectos culturais e históricos importantes, ligados à presença africana e indígena no Brasil colonial. Sua utilização como moeda revela a diversidade de práticas econômicas e a riqueza simbólica de objetos aparentemente simples, que desempenharam um papel fundamental na sociedade da época.