A Vasp - Viação Aérea de São Paulo foi fundada em 1933 por um grupo de paulistas visionários. Entre seus principais acionistas estavam nomes como Francisco Morato, Roberto Simonsen e Gofredo da Silva Telles. A criação da Vasp está intimamente ligada à derrota sofrida pelos paulistas na Revolução Constitucionalista de 1932. Segundo alguns líderes do movimento contra o governo central de Getúlio Vargas, a falta de aviões foi apontada como uma das causas da derrota.
Os primeiros aviões da Vasp foram dois bimotores Monospar, capazes de transportar o piloto e até três passageiros. Eles operavam em uma rota que ligava as cidades de São Paulo e Uberaba, com escalas em São Carlos, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Durante o governo de Armando de Sales Oliveira, foram assinados decretos que beneficiaram a empresa, isentando-a de impostos e taxas estaduais e municipais, e autorizando a construção do aeroporto de Congonhas, visando facilitar o tráfego de passageiros, inviável no antigo Campo de Marte.
Em 1936, tanto o Estado de São Paulo quanto a prefeitura municipal se tornaram acionistas da Vasp, consolidando o apoio institucional à companhia aérea. No mesmo ano, foi inaugurada a linha Rio-São Paulo, marcando o início de uma era de expansão e crescimento para a empresa. A Vasp se tornou uma das principais companhias aéreas do país, conectando diversas cidades e contribuindo para o desenvolvimento do transporte aéreo no Brasil.
Ao longo de sua história, a Vasp enfrentou desafios e mudanças no cenário da aviação civil, mas deixou um legado importante para o setor. Sua trajetória é marcada por pioneirismo, inovação e contribuições para o desenvolvimento do transporte aéreo no Brasil. A Vasp é lembrada como uma das empresas que ajudaram a abrir caminho para a aviação comercial no país, deixando uma marca indelével na história da aviação brasileira.