A Unidade de Referência de Preços (URP) foi um importante indicador que substituiu o gatilho salarial no reajuste de salários e determinou tetos para o reajuste de alguns preços. Seu valor inicial, estabelecido a partir de 15/6/1987, era igual a cem e permaneceu inalterado até o término da fase de congelamento fixado pelo Plano Bresser, que durou no máximo noventa dias.

Durante os três meses seguintes, os salários passaram a ser reajustados mensalmente, a uma taxa fixa determinada pela variação média mensal do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ocorrida durante o período de congelamento. Nos trimestres subsequentes, a taxa de reajuste mensal da URP era igual à variação média mensal do IPC verificada no trimestre imediatamente anterior.

Em momentos de inflação crescente, os reajustes salariais pela URP eram inferiores à inflação do mês em curso. Por outro lado, quando a inflação era decrescente, os reajustes mensais pela URP eram superiores à inflação do mês em curso. Quando a taxa de inflação era constante, os dois índices tendiam a coincidir.

Com o Plano Verão, a URP foi extinta, porém, garantiu-se a sua aplicação correspondente ao mês de janeiro de 1989. A URP foi um instrumento importante na regulação dos reajustes salariais e no controle da inflação em um período econômico específico.

Em resumo, a Unidade de Referência de Preços desempenhou um papel crucial na economia brasileira, estabelecendo parâmetros para os reajustes salariais e controlando os preços em meio a um cenário inflacionário desafiador. Sua extinção com o Plano Verão marcou o fim de uma era, mas sua influência e importância durante sua vigência são inegáveis.