A Taxa Referencial (TR) foi criada durante o Plano Collor II com o objetivo de ser uma taxa básica de referência para os juros a serem praticados no mês vigente, diferentemente de um índice que refletisse a inflação do mês anterior. Ela foi idealizada para funcionar de forma semelhante à Libor ou Prime Rate, sendo utilizada como parâmetro para diversos tipos de investimentos e financiamentos.
Na prática, a TR é empregada como a taxa média de remuneração dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) mensais e prefixados, negociada entre 30 bancos selecionados. Além disso, ela também é utilizada para o financiamento de imóveis, sendo ajustada por um redutor para adequar-se ao custo do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Apesar de sua importância no cenário econômico, a Taxa Referencial tem sido alvo de críticas e questionamentos ao longo dos anos. Muitos especialistas argumentam que ela não tem cumprido adequadamente seu papel de refletir a realidade econômica, apresentando distorções que impactam diretamente os investidores e tomadores de crédito.
Diante desse contexto, é fundamental que haja uma revisão e aprimoramento do modelo de cálculo da TR, de modo a torná-la mais transparente e condizente com as atuais condições do mercado financeiro. Somente assim será possível garantir que essa taxa continue desempenhando seu papel de forma eficaz e contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.