Rudolf Hilferding, economista e político marxista alemão de origem austríaca, foi um dos pioneiros na análise do capitalismo monopolista. Além de atuar como professor da escola de quadros do Partido Social Democrata da Alemanha, foi editor do jornal partidário Vorwärts entre os anos de 1907 e 1915.
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Hilferding se tornou um dos teóricos mais proeminentes do socialismo reformista, chegando a ocupar o Ministério das Finanças da República de Weimar nos anos de 1923 e 1928-1929. No entanto, com a ascensão do nazismo, foi obrigado a se exilar em 1933 e acabou sendo assassinado pelos nazistas na França, em 1941.
Em suas análises críticas sobre o capitalismo, Hilferding destacou como a concentração do capital levou os bancos a desempenharem um papel fundamental no processo de crescimento industrial, algo que não havia sido observado nas condições de concorrência do capitalismo descrito por Marx.
Para Hilferding, o estágio atual do capitalismo era marcado pela hegemonia do "capital controlado pelos bancos e utilizado pelos industriais". Antes da publicação de sua obra "O Capital Financeiro" em 1910, ele se destacou como um competente discípulo de Marx ao rebater as críticas feitas por Bohm-Bawerk em relação às possíveis contradições entre o Livro Primeiro e o Livro Terceiro de "O Capital".
Sua resposta a essas críticas ficou conhecida como "A Crítica de Bohm-Bawerk a Marx" em 1904, demonstrando sua habilidade em defender os fundamentos da teoria do valor-trabalho de Marx. A contribuição de Hilferding para o pensamento econômico e político marxista continua sendo relevante até os dias atuais, influenciando diversas correntes de pensamento na tentativa de compreender e transformar o sistema capitalista.