O número-índice, em seu significado genérico, consiste em uma média de variações relativas. Se as variações medidas são correspondentes aos preços, um número-índice de preços deve ser construído, assim como acontece com outras variáveis, como taxas de câmbio, taxas de juros, salários, entre outros.
Por outro lado, se as variações medidas são correspondentes às quantidades, um número-índice específico deve ser construído, como o correspondente ao quantum da produção industrial, agrícola, exportações, importações, entre outros.
A utilização dos números-índices remonta à primeira metade do século XIX; na segunda metade deste século, Stanley Jevons escolheu a denominação, consagrando-a no campo da economia.
Dentre todas as medidas, a média geométrica apresenta-se como a mais adequada para a medição das variações relativas de preços. Os preços podem aumentar mais do que 100%, mas não podem diminuir mais do que 100%. Na realidade, um aumento de 100% é muito menor do que uma queda de 100%.
Em termos relativos, um aumento de 100% pode ser contrabalançado por uma diminuição de 50%, pois o dobro de um preço pode ser neutralizado (no índice) com a divisão pela metade de outro, desde que ambos os preços correspondam a mercadorias da mesma importância no período considerado.
A média que indica essas variações é a média geométrica. Na prática, quando se diz que um índice como o Índice Geral de Preços (IGP) teve uma variação de 5% no mês de dezembro, isso significa que a média ponderada dos preços que compõem o referido índice sofreu um aumento de 5% em relação ao mês anterior, ou seja, em relação a novembro.
Na construção de um número-índice, observam-se alguns parâmetros básicos. A amplitude do número-índice indica o tamanho da amostra utilizada e o campo da informação (produção industrial, preços no atacado, nível de emprego, etc.); o período-base e o espaço de tempo da variação; o sistema de ponderação de um número-índice é fundamental, por exemplo, em um índice de preços ao consumidor, onde cada produto deve ter um peso relativo à quantidade consumida.
A capacidade de um número-índice refletir a variação real de um fenômeno econômico depende não apenas dos cuidados técnicos anteriores, mas também da eficácia com que as informações foram obtidas, ou seja, de sua veracidade.
Em suma, os números-índices desempenham um papel fundamental na economia, proporcionando uma maneira eficaz de medir e comparar variações em diversas áreas, auxiliando na tomada de decisões e no entendimento do cenário econômico de um país.