A estrutura empresarial básica do capitalismo dominante nos países altamente industrializados é caracterizada por desenvolver uma estratégia internacional a partir de uma base nacional, sob a coordenação de uma direção centralizada.
Essas empresas, também conhecidas como multinacionais ou transnacionais, resultam da concentração do capital e da internacionalização da produção capitalista.
No final do século XIX, o capitalismo evoluiu além da fase concorrencial, formando monopólios, trustes e cartéis, em um fenômeno chamado de imperialismo.
Esse processo criou um mercado mundial de produção de bens, serviços e mão de obra, impulsionando o poder econômico, político e militar das principais potências industriais.
Após a Segunda Guerra Mundial, as empresas multinacionais aceleraram suas atividades, alterando significativamente as relações entre os centros hegemônicos do capitalismo e a periferia do sistema.
Além das transações de exportação e importação, as multinacionais também passaram a atuar na produção, tanto para o mercado interno quanto para o externo, conforme os interesses da empresa matriz.
Um executivo norte-americano deixou claro os objetivos e a atuação dessas empresas: "Nosso objetivo é estar presente em todo e qualquer país do mundo. Na Ford Motor Company, não consideramos apenas uma empresa americana, somos uma empresa multinacional. Exportamos de todos os países".
No entanto, é importante destacar que as multinacionais mantêm laços com suas nações de origem. O governo dos Estados Unidos defende os interesses dessas corporações e suas atividades estão conectadas aos aparelhos de Estado de cada país.
Em muitos casos, as multinacionais operam fusões entre si ou estabelecem acordos para limitar a concorrência. Essas corporações estão intimamente ligadas à "burguesia interior" de cada sociedade, atuando de diferentes maneiras.
As multinacionais do petróleo, conhecidas como as "sete irmãs", como Exxon, British Petroleum, Shell, Gulf, Texaco, Socal e Mobil, foram beneficiadas pela crise do petróleo na década de 1970.
É importante mencionar que a estrutura empresarial multinacional também está relacionada a outros conceitos, como capitalismo, imperialismo, monopólio, oligopólio e a crise do petróleo.