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Microeconomia

A microeconomia é um ramo da ciência econômica que se dedica ao estudo do comportamento das unidades de consumo, como indivíduos e famílias, e das empresas, suas produções e custos, assim como a produção e o preço de diversos bens, serviços e fatores produtivos.

Em outras palavras, a microeconomia se concentra na forma como as unidades individuais que compõem a economia - como consumidores privados, empresas comerciais, trabalhadores, proprietários de terras, produtores de bens ou serviços específicos, entre outros - interagem umas com as outras.

A microeconomia surgiu no início da década de 30, quando a ciência econômica se dividiu em dois ramos: microeconomia e macroeconomia, sendo esta última responsável pelo estudo de agregados como produção, consumo e renda de toda a população.

Embora esses dois ramos da ciência econômica sigam caminhos distintos, a separação é frágil, pois o fenômeno econômico exige a inter-relação das teorias que se enquadram nesses dois âmbitos.

A microeconomia adota uma visão "microscópica" dos fenômenos econômicos, abrangendo a teoria do consumidor, que oferece subsídios para a análise da demanda, e a teoria da firma, que abrange as teorias de produção, custos e rendimentos e serve como base para a análise da oferta.

Os preços relativos são uma preocupação fundamental desse ramo da ciência econômica, tanto que também é conhecido como teoria dos preços.

Na teoria do consumidor, a microeconomia analisa a intenção dos indivíduos de adquirir uma quantidade determinada de bens que satisfaça suas necessidades ao máximo.

Na teoria da firma, o foco está no empresário, que busca combinar os fatores de produção de forma a maximizar seus lucros. A partir dessa análise, são obtidos os elementos necessários para derivar as ofertas individuais e de mercado.

A combinação das quantidades de fatores de produção, bens e serviços que os consumidores estão dispostos a adquirir, juntamente com as quantidades desses elementos que os empresários conseguem oferecer, determina um denominador comum: o preço.

Assim, a microeconomia se propõe a estudar a determinação desse preço sob dois ângulos: o dos fatores de produção e o dos bens e serviços.

A microeconomia é uma ciência de natureza dedutiva ou teórica. Essa natureza dedutiva decorre da complexidade e interdependência de influências subjacentes às situações reais que são objeto de seu estudo.

O caráter dedutivo é enfatizado pelo fato de que muitas das variáveis consideradas pela microeconomia não podem ser observadas ou mensuradas. Isso é evidente, por exemplo, no grau de utilidade que os consumidores desfrutam ao dispor de certos bens ou serviços.

A microeconomia utiliza modelos, ou seja, construções compostas por uma série de hipóteses, a partir das quais as conclusões são extrapoladas. Esses modelos retratam como os indivíduos tomam suas decisões e como as empresas agem, entre outros aspectos.

A partir da situação da realidade, são selecionadas as variáveis mais significativas do fenômeno estudado, permitindo que a complexidade desse mundo real seja manipulada.

Uma segunda característica da microeconomia é sua natureza estática-comparativa. Ela tende a confrontar duas ou mais situações de equilíbrio, sem se preocupar com o período intermediário entre essas situações inicial e final.

A terceira característica é sua inserção no ramo da ciência positiva ou científica. Isso implica a ausência de juízo de valor ou conotação ética nas teorias microeconômicas, sendo exclusivamente descritivas.

A quarta característica é seu caráter de análise de equilíbrio parcial.

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