Nascido em Illinois, nos Estados Unidos, Frank Knight formou-se em economia e filosofia e incorporou-se, como professor de economia, à Universidade de Iowa, em 1919, e, mais tarde, em 1928, passou a lecionar na Universidade de Chicago, onde permaneceu até a sua morte. Realizou vários estudos sobre ética e metodologia, mas talvez sua principal contribuição tenha sido fruto da discussão travada com J.B. Clark e com as concepções de Alfred Marshall sobre a existência de lucros num estado estacionário.
Os discípulos de Marshall (Knight, por sua vez, foi discípulo de Clark) sustentavam que o lucro somente poderia ser apropriado pelos empresários em épocas de mudanças. Numa economia estacionária, a renda somente aparecia na forma de salários, juros e renda (no sentido de renda da terra, por exemplo). Os lucros seriam a remuneração da capacidade empreendedora dos empresários, que saberiam fazer investimentos e organizar a produção em condições de mudanças.
Knight argumentava que não eram as mudanças em si que geravam os lucros, mas as discrepâncias entre a realidade e os resultados esperados, ou seja, as expectativas. A incerteza sobre o futuro seria a causadora do lucro. De acordo com esta linha de raciocínio, Knight desenvolveu o seu conceito de lucro puro: seria a recompensa do empresário por investir e organizar a produção em atividades em que prevalecia a incerteza, ou seja, nas quais não era possível quantificar o risco.
Assim, Frank Knight foi um dos grandes pensadores da economia do século XX, trazendo contribuições importantes para o entendimento dos lucros e da incerteza nos processos econômicos. Sua visão inovadora sobre o papel do empresário e a relação entre expectativas e lucros influenciaram gerações de economistas e continuam sendo objeto de estudo e debate nos dias atuais.