Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi o mais importante filósofo alemão da primeira metade do século XIX. Sua principal preocupação foi unificar todo o conhecimento em um vasto sistema lógico e racional, buscando compreender o real em sua totalidade. Uma das questões centrais para Hegel era eliminar a distância que separava o ser do conceito, diferente de seus antecessores.
Partindo das ideias de Fichte e Schelling, Hegel desenvolveu a noção de dialética como um processo de afirmação, negação e negação da negação, ou seja, a síntese. Além disso, ele incorporou o idealismo objetivo de Schelling e a identidade do sujeito e objeto na consciência do absoluto. Para Hegel, o conceito é um conhecimento do ser que se completa como um retorno a si mesmo, após se exteriorizar na natureza.
Essa ideia central do "trabalho do negativo" justifica as divisões da filosofia de Hegel em fenomenologia do espírito, lógica, filosofia da natureza e filosofia do espírito. Em seu sistema, a filosofia alcança as coisas, a natureza e a história em sua verdade, permitindo ao espírito tomar consciência de si mesmo. Esse processo transforma os dados sensoriais em pensamento e conduz da individualidade à universalidade, marcado pelo ritmo ternário da dialética.
A contribuição de Hegel para a filosofia foi profunda e duradoura, influenciando diversas correntes filosóficas posteriores. Sua busca pela totalidade do conhecimento e a compreensão do real em sua complexidade ainda são temas de estudo e discussão nos dias atuais, mostrando a relevância de suas ideias para a filosofia contemporânea.