O Gerencialismo é uma doutrina econômica, social e política que defende a elevação dos gerentes à condição de classe dominante, tanto em países capitalistas quanto em países socialistas. De acordo com James Burnham, principal teórico do Gerencialismo e autor do livro A Revolução dos Gerentes, os tecnocratas, executivos e administradores de empresa nos países capitalistas estão cada vez mais sobrepondo seus interesses aos trabalhadores e acionistas, relegando estes últimos a meros rentistas sem poder de influência na direção das empresas.
Para Burnham, a sociedade de gerentes mais desenvolvida é aquela em que os meios de produção estão sob controle e propriedade do Estado. Ele aponta a ex-União Soviética como o único país onde esse processo foi totalmente concluído. Nos Estados Unidos, Burnham argumenta que essa mudança está em marcha desde o New Deal, indicando uma tendência de centralização do poder nas mãos dos gerentes em detrimento dos demais agentes econômicos.
O Gerencialismo, portanto, representa uma visão crítica em relação à concentração de poder nas mãos dos gerentes e tecnocratas, questionando os impactos dessa tendência na economia e na sociedade na totalidade. Ao analisar as relações de poder dentro das empresas e entre diferentes classes sociais, Burnham propõe um debate sobre os limites e as consequências desse processo de ascensão dos gerentes como classe dominante.
Em suma, o Gerencialismo se apresenta como uma corrente de pensamento que busca compreender e criticar as dinâmicas de poder e controle que permeiam as relações sociais e econômicas contemporâneas. Ao destacar a transformação dos gerentes em uma classe com cada vez mais influência e poder, Burnham levanta questões importantes sobre a distribuição de poder na sociedade e os possíveis impactos desse fenômeno a longo prazo.