A função-perda, também conhecida como loss-function, é um conceito utilizado na macroeconomia para representar a desutilidade que uma política econômica deseja minimizar. Essa função pode ser aplicada em diferentes contextos, como políticas empresariais, no entanto, quando se trata de objetivos individuais, foge ao escopo da ciência econômica.
No contexto macroeconômico, a função-perda é comumente apresentada como a diferença ao quadrado entre os valores atuais das variáveis econômicas e seus níveis desejados, ponderada por parâmetros associados a essas variáveis. De forma mais formal, podemos representar a função-perda da seguinte maneira: L = #1[d*d] + #2[p*p], onde d* e p* são as taxas atuais de desemprego e inflação, e d e p são as taxas desejadas, sendo #1 e #2 os pesos determinados pelos gestores da política econômica.
A minimização da função-perda permite que os responsáveis pela execução da política econômica estabeleçam um tradeoff entre os objetivos de desemprego e inflação. Esse tradeoff é fundamental para encontrar um equilíbrio entre essas duas variáveis, considerando as metas estabelecidas pelas autoridades econômicas.
O desenvolvimento conceitual e formal da função-perda é atribuído aos economistas Jan Tinbergen e Henri Theil, que contribuíram significativamente para a aplicação desse conceito na teoria econômica. Através da função-perda, é possível mensurar o impacto das políticas econômicas e avaliar a eficácia das estratégias adotadas para alcançar determinados objetivos macroeconômicos.
Em suma, a função-perda desempenha um papel fundamental na análise e implementação de políticas econômicas, permitindo uma abordagem mais sistemática e objetiva na busca por resultados desejados. Ao considerar as variáveis econômicas relevantes e estabelecer pesos adequados, os formuladores de políticas podem tomar decisões mais informadas e eficazes para promover o crescimento e a estabilidade da economia.