A finta foi um dos mecanismos de cobrança de impostos utilizados pela Coroa durante o ciclo do ouro no Brasil. Consistia em um pagamento conjunto feito pelos produtores, a título de imposto, correspondente a uma cota comum para o conjunto dos produtores. Inicialmente, essa cota variava de 25 a 30 arrobas por ano, pois a fiscalização da quantidade de ouro produzido era difícil. Posteriormente, com o estabelecimento das Casas de Fundição e a proibição da circulação do ouro em pó, a cobrança passou a ser feita através do "quinto", que correspondia a 20% de todo o ouro produzido nas minas.
A utilização da finta e do quinto como mecanismos de arrecadação de impostos durante o ciclo do ouro reflete a importância econômica dessa atividade para a Coroa Portuguesa. Esses impostos eram fundamentais para a obtenção de recursos financeiros e o controle sobre a produção aurífera. A compreensão desse contexto histórico nos permite refletir sobre as relações entre poder político e atividades econômicas ao longo da história.