O Darwinismo Social é uma escola de pensamento socioeconômico que surgiu na Europa no final do século XIX, tendo em Herbert Spencer seu principal teórico. Essa corrente de pensamento aceita as proposições neo clássicas e condena a intervenção do Estado nos mecanismos de mercado e em outras esferas da vida social. Inspirada na teoria da seleção natural de Darwin, o Darwinismo Social transplanta para a vida econômico-social a ideia de que os menos aptos tenderiam a desaparecer, seguindo assim o princípio da sobrevivência do mais apto.
Para os seguidores de Spencer, a intervenção do Estado no "organismo" social seria contrária à evolução natural, pois acreditavam que qualquer interferência nesse processo natural prejudicaria o desenvolvimento da sociedade como um todo. A empresa monopolista, característica marcante do capitalismo moderno, era vista como resultado desse processo de seleção na vida econômica, sendo considerada benéfica por afastar os menos aptos e garantir a sobrevivência dos mais aptos.
No entanto, é importante ressaltar que a teoria de Spencer se diferencia do neoliberalismo, que defende algum grau de intervenção do Estado para garantir a concorrência e evitar abusos por parte das empresas. Enquanto o Darwinismo Social prega a não intervenção estatal, o neoliberalismo reconhece a necessidade de regulamentação para manter um equilíbrio saudável no mercado.
Em suma, o Darwinismo Social, embora tenha tido influência em seu tempo, levanta questões éticas e sociais importantes sobre a relação entre o Estado, o mercado e a evolução da sociedade. A discussão sobre a intervenção estatal e a regulação do mercado ainda é um tema relevante nos dias atuais, mostrando a importância de analisar criticamente as diferentes correntes de pensamento para encontrar um equilíbrio que promova o desenvolvimento sustentável e justo para todos os membros da sociedade.