Os colcoses, ou fazendas coletivas, eram uma forma de organização agrícola bastante peculiar que existiu na União Soviética. Criadas após a reforma agrária de 1918, essas cooperativas tinham um funcionamento diferente do modelo tradicional de propriedade privada. Os membros dos colcoses trabalhavam juntos em uma gleba de terra, da qual eram coproprietários, e a renda líquida era distribuída conforme a contribuição de cada um.
A administração de cada colcos era feita por um Conselho eleito pelos membros, que tinha a responsabilidade de gerir a produção e distribuir os lucros entre os trabalhadores. Além disso, cada família tinha o direito de usufruir de uma pequena área de terra próxima à sua residência, garantindo uma certa autonomia e segurança alimentar.
Uma das características marcantes dos colcoses era a alta mecanização do trabalho agrícola. Com o apoio das Estações de Máquinas e Tratores, cada grupo de colcoses contava com equipamentos modernos que aumentavam a eficiência da produção. Isso contribuiu para o aumento da produtividade e a modernização da agricultura soviética.
Na década de 70, os colcoses eram uma presença marcante na paisagem agrícola da União Soviética, ocupando uma área total de 104 milhões de hectares. Apesar de terem sido extintos após o colapso da União Soviética, o legado dos colcoses ainda é lembrado como uma experiência única de cooperação e organização coletiva na agricultura. A história dos colcoses nos mostra que é possível pensar em formas alternativas de produção e propriedade, que valorizem o trabalho em conjunto e a distribuição equitativa dos frutos do trabalho.