O Cartismo foi um dos primeiros movimentos político-reivindicatórios da classe operária, ocorrido na Inglaterra entre 1838 e 1848. Seu nome deriva da Carta do Povo, um programa de seis pontos que os operários apresentaram ao Parlamento, reivindicando: 1) sufrágio universal masculino; 2) igualdade de direitos eleitorais; 3) voto secreto; 4) legislaturas anuais; 5) abolição do censo eleitoral (baseado na propriedade); 6) remuneração das funções parlamentares. Integrado por diversas correntes político-ideológicas (democratas, socialistas, jacobinos) e sob a liderança de Feargus O'Connor, William Lovett, Julian Harney e Brontere O'Brien, o movimento cartista promoveu numerosas manifestações denunciando as condições de vida dos trabalhadores e defendendo a jornada de dez horas de trabalho e o direito à organização de classe e representação parlamentar.
O final do movimento coincidiu com a derrota da revolução de 1848 na Europa. Apesar disso, até 1867 todos os pontos da Carta do Povo, com exceção da legislatura anual, foram incorporados à lei inglesa. O Cartismo representou uma importante luta pela igualdade e pelos direitos dos trabalhadores, deixando um legado significativo para a história política e social da Inglaterra e do mundo.
Por outro lado, as Casas da Guiné e Mina, instituições da administração colonial portuguesa, foram criadas no final do século XV para controlar o comércio de Portugal com a África e a Ásia. A elas competia organizar as frotas marítimas destinadas a essas regiões, armazenar as mercadorias e fixar os preços. Os lucros das duas casas constituíram, por muito tempo, cerca de metade da receita da Coroa portuguesa. Com um papel fundamental na expansão e consolidação do império português, as Casas da Guiné e Mina representam um marco na história colonial e econômica de Portugal, influenciando as relações comerciais e políticas da época.